segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mulheres, eleição e preconceitos

As domésticas estão à beira de um ataque de nervos por conta da propaganda veiculada nas emissoras de rádio do tucano Simão Jatene, candidato ao governo do estado.


Conforme nota da federação que representa a categoria, o conteúdo da propaganda ofende as domésticas. Posto tratá-las como cidadãs de segunda categoria, pessoas desprovidas de capacidade de análise, tolas e ingênuas.


O fato lembra o preconceito de Boris Casoy com relação aos garis.


No contexto da eleição local um fato relevante é a rejeição da candidata petista, Ana Júlia, cerca de 40%. Junto com a tucana do Rio Grande do Sul, foram as primeiras mulheres no executivo dos estados.


Setores feministas avaliam que em certo grau, o dado se explica pelo fato da candidata ser uma mulher separada. E que mantém na medida do possível uma vida social.


O machismo em nossos rincões ainda grassa. Um conhecido, em viagens pelo interior, indica que há indícios desse elemento patriarcal na avaliação. Críticas bem rasteiras, inundadas de preconceitos.


Ressalta ainda que as emissoras de rádios e TV´s amplificam uma leitura tacanha, parcial e aliada a interesses de certos setores e oligarquias. Isso não explica a rejeição, mas, pode ajudar na reflexão.


Alguém perguntaria: então como explicar o fenômeno Dilma? Bem, a Dilma são outros quinhentos, outros cenários e questões.


E por falar em mulher, ainda bem que há duas candidatas ao Executivo do país. E uma negra e nortista. Nunca na história desse país isso havia ocorrido.


Falando em Dilma, ela deve baixar nas quebradas para oxigenar a candidatura do PT local.

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