quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

25 anos da hidrelétrica de Tucuruí: atingidos realizam assembléia

Lago de Tucuruí/PA
A construção de grandes hidrelétricas constitui um dos eixos de integração para a Amazônia. Obras como a o Complexo do Madeira, em Rondônia; UHE de Estreito, na fronteira do Maranhão com o Tocantins; Complexo de Belo no Monte, Pará são alguns exemplos.

As obras citadas aglutinam num extremo os interesses de grandes corporações nacionais e internacionais, e na outra ponta: indígenas, ribeirinhos, camponeses, extrativistas, quilombolas e outras denominações de populações consideradas tradicionais.

A lógica se insere numa economia considerada extrativa, onde as mazelas são socializadas no local e ou louros são capitalizados em outras bandas.
O principal financiador dessas obras é a sociedade brasileira através dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por isso o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) realiza uma assembléia no próximo dia 26, no município de Tucuruí, sudeste do Pará. A intenção é reunir mais de mil atingidos pela barragem de Tucuruí, a maior originalmente nacional.


A mesma foi erguida há 25 anos para fornecer energia subsidiada para empresas de produção de alumínio no Pará, Alunorte e Albrás, do grupo Vale e Alumar, no Maranhão, da americana Alcoa.
A produção de gás metano por conta das árvores que não foram retiradas para a configuração do lago é um dos danos ambientais. Duas eclusas estão sendo construídas em Tucuruí e visam tornar o rio Tocantins navegável.

Entre as reinvidicações os atingidos desejam a :a) construção de oito escolas nas regiões das ilhas, incluindo transportes, b) Regularização fundiária das ilhas do lago da UHE Tucuruí e c)Construção de sete postos de saúde nas ilhas com programas específicos nas áreas de endemias, (malária, febre amarela e dengue).
Complexo do Madeira- a população atingida realizou ontem e no dia hoje assembléia. Ela busca alcançar o reassentamento, ponto considerado delicado na imbricada negociação.
Campanha da Amazônia- O MAB encontra-se mobilizado numa campanha contra a construção de barragens nos rios da Amazônia, o que considera a privatização dos recursos hídricos.
As barragens já expulsaram em todo Brasil mais de um milhão de pessoas e provocu incontáveis danos sociais e ambientais.

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